7.11.05

Quero ir mais fundo entre outras coisas

Uhn, já viram um comercial onde em um fundo preto aparecem palavras? E depois aparece o endereço de um site? www.queroirmaisfundo.com.br
É o tipo de coisa que me aguça a curiosidade...
Tudo não passa de uma propaganda, publicidade, mas seria bom se houvessem mais boas publicidades como essa. No lugar da MTV te irritar ao te mandar ler um livro ou ouvir opiniões sem grande relevância te levasse a entrar num site onde você pode se aprofundar em alguma coisa?
Não vou acabar com a graça da coisa, mas trata-se de uma revista e você pode ler matérias (que são sobre as tais palavras do comercial) e no final você pode pedir uma edição gratuita ou ir direto assinar. Pra falar a verdade quase assinei só pela propaganda que pra mim foi muito legal, e pelo conteúdo da revista. Tá, provavelmente todos vocês já leram essa revista, mas adorei a idéia simples da campanha e o despertar pela curiosidade, coisa fundamental pra quem se dispõe a ir mais fundo em qualquer situação.
Isso tudo me leva a outra questão, a da disceminação de cultura. Já viram que o Sabotagem voltou? É, acho que não é possível ainda baixar todo o conteúdo e o servidor tá mudando constantemente, mas fica aqui o lembrete não é? Aliás, para os desavisados é um site de um coletivo que acredita na disceminação livre de cultura, por isso disponibiliza vários textos e livros que ainda estão sob leis de direitos autorais. Aliás tem uma frase deles que explica tudo: Se a cultura é um campo, o copyright é a cerca.
Ciao

6.11.05

Arte ! (?)

Já perceberam como é incrível que qualquer idéia razoável que você se dispõe a compartilhar com seus pares some quando você se senta pra desenvolvê-las? Pois é, é assim que eu sou, então não reparem que isso pareça totalmente irrelevante.
Eu sou o quarto elemento, não presenciei a vinda à luz nosso blog, mas fui convidada a dar minhas opiniões sobre arte...
Uhn, tá. Mas falar de arte é um pouco vago não? Porque arte é um termo vago, se até um mictório, um porco empalhado, e poemas escritos a partir de palavras recortadas de jornais e escolhidas ao acaso são consideradas como tal acredito que de um jeito ou de outro todos aqui falam de arte.
De qualquer forma, eu ainda estou em dúvida no quê escrever, e sobre o quê escrever. Vejamos, acho que vou falar sobre a Bienal Internacional de Arquitetura que está acontecendo no pavilhão da bienal no Ibirapuera.
É estranho como as coisas podem surpreender. Sinceramente não achava que podia ser tão interessante, apesar de ter sido exaustiva (no mínimo umas 6 horas eu passei lá), isso porque eu pretendo ser arquiteta.
Valhe a pena ir lá mesmo quem não se interessa tanto pelo assunto, ver objetos de desgin sueco muito legais, achar Cingapura um país muito interessante depois de ver o filme em pufs verdes, ver prédios bizarros como o chip dos chineses e aeroportos em forma de peixes na Bahia entre outros, constatar que existe arquitetura para os pobres, ver projetos para obras públicas de São Paulo e até se deparar com algumas intervenções e protestos como a barraca pra indigentes e os tubos portugueses do entrada de emergência trazendo a terra do Ibirapuera pra dentro da bienal.
Em suma é isso, depois de ver tantas coisas legais na bienal me lembrei porque eu gostava de arquitetura já a um tempão, quando antes de ser designer (haha, eu me senti agora!) eu adorava fazer maquetes. Droga, agora sim eu tô na dúvida de novo de qual faculdade eu devo fazer...
Mas se tiverem oportunidade vão ver, às vezes a gente esquece como a arquitetura é importante e de apreciar a que está ao nosso alcance. É uma arte, e uma das mais importantes ao meu ver porque ela está ali à vista de qualquer um para ser analisada apreciada ou desfrutada.
Até!

5.11.05

E brasil novinho em folha continua....

......em um poema eterno, para jovens que gostam de falar.
As armas que usam
Que com força quebram nossa mente
E a dividem assim sem mais
Sem métrica, em pausa de compassos

Sem pausa, de nostalgia e saudade
Em litros e litros de refrigerantes baratos
Em horas e horas sem liberdade
Em quilos e quilos de caviar

Sem saber, ó tolos hipócritas
Que "também morre quem atira"
Pela voz
Dos jovens que gostam de falar.....

4.11.05

Cebolitos, aguá e um Brasil novinho em folha

Joãozinho ia todo dia pra escola com salgadinho na mão
E ia sim, ia pra escola todo dia de buzão
La pras bandas do Jaçana passava um terreno baldio
E pela janela Joãozinho via uma determinada tubulação

O tubo crescia do terreno, e o menino em sua imaginação
Achava que no tubo vivia duende
Desses duende que roba isqueiro, chave e só faiz confusão
Mais Joãozinho no bumba, sempre ia sonhando
Com a terra dos duende, de boca de lobo de construção

Passou tempo o Joãozinho cresceu, cresceu e virou João
E vindo de família pobre como quase todos no Brasil
Joãozinho virou ladrão, e lá pro centésimo assalto
Escutou um "parado ai mermão!!!"
Era um guarda de cacetete na mão, olhando fulo da vida pro João

Depois do julgamento O senhor João Souza Xavier foi preso sem apelação
Foi pra cadeia, sofreu feito pneu de caminhão
Até que um dia de tanto sofrer, começou a cavar um buraco no chão
Foi cavando e cavando achou que ia chegar lá no Japão
Cavou mais e saiu em uma determinada tubulação

Seguiu por dentro da alvenaria até chegar em uma bifurcação
Onde escolheu o lado que lhe parecia, sair da prisão
Hoje Joãozinho mora na terra dos Duendes
Lá onde ele é o Rei ladrão


Moral da História: "Brasileiro em terra de Duende Ladrão, é Rei"